ArteCapital entrevista Pedro Gadanho

Há cerca de um ano Pedro Gadanho motivou alguma turbulência, também entre os blogues, ao questionar Onde páram os arquitectos portugueses? Agora, em entrevista à ArteCapital, este arquitecto volta a lançar para o espaço público um conjunto de questões que merecem reflexão atenta por parte dos diversos intervenientes da área da arquitectura.
Ás naturais dificuldades que se apresentam aos novos profissionais num mercado constrito, em resultado de uma economia fragilizada, somam-se outros factores próprios de um contexto cultural pouco aberto à inovação e ao exercício de práticas experimentais. De certo modo, a produção de “arquitectura contemporânea” em Portugal parece afunilar-se na padronização de um certo conservadorismo minimalista, cuja afirmação de qualidade se parece rever mais segundo lógicas de promoção imobiliária do que de um verdadeiro reconhecimento de qualidades arquitectónicas.
Gadanho questiona também as estruturas académicas enquanto plataformas de resistência e estabilização de certas correntes formativas, não se assumindo como veículos para a experimentação programática. Trata-se de um repto lançado às escolas e demais instituições sobre a necessidade de romper com actuações estanques, de consumo interno, para promover outras formas de fazer chegar o seu contributo ao espaço de debate colectivo. Provocador e polémico, a merecer uma leitura assertiva e crítica.

1 comentário:

  1. Enquanto a Ordem dos Arquitectos se constituir por um grupo de "amiguinhos" que pretendem passear vaidosamente, fingir que dirigem e que resolvem, continuamos com um país que ignora para que serve um arquitecto e arquitectos que são apanhados no meio de uma "escravatura" velada por estes que se querem candidatar - profissionais que continuam a fazer horas a mais, directas, fins-de-semana - sem direitos legais.
    É miserável o facto de aqueles que não resolvem queiram candidatar-se novamente (porque irão manter as coisas como estão não tenham dúvidas - são demasiado preguiçosos e incompetentes - não querem saber dos milhares de arquitectos em dificuldades, somente de si próprios). Está na hora de destruir este lobby redundante de gente inútil e umbiguista. A classe dos arquitectos tem deixar de ser, de uma vez por todas vaidosa e "elitista" e atacar estes parasitas inúteis! Pensamos que é tempo de fazer um Sindicato de Arquitectos que ofereçam resposta assertiva e competente! A Ordem destes demagogos não nos serve! (o nosso anonimato evita o injusto castigo e a sujeição à censura - arquitectos mudem!)

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