This isn’t just about the Arts!


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Se pertencem ao grupo de pessoas que faz uso de pelo menos metade do cérebro, é provável que já sejam fãs do Ken Robinson. A sua apresentação no TED tornou-se um excelente ponto de partida para reflectir sobre a necessidade de promover a criatividade e a inovação experimental no sistema de ensino.
O antigo apresentador da CNN Riz Kahn entrevistou recentemente Robinson para a Al Jazeera English numa breve conversa que serviu de oportunidade para divulgar as suas preocupações em torno do estado actual da educação, ainda sustentada numa velha ideia de inteligência e conceitos obsoletos de necessidade e propósito económico.
Robinson dramatiza o modo como as instituições se tornaram instrumentos de supressão do talento individual. A lógica avassaladora da estandardização faz prevalecer os temas do currículo e da avaliação, colocando o próprio acto de ensinar num nível secundário de importância.
Existem sérios mal-entendidos em torno das suas ideias sobre a criatividade, como algo que se refere especificamente ao campo das Artes. Ken Robinson tenta explicar a importância da criatividade em todas as áreas da inteligência humana – tratando-se, na sua definição, de uma manifestação de complexidade intelectual, uma capacidade para estabelecer ligações entre as referências aprendidas e a experiência individual. Algo que é não tanto um talento mas uma aptidão adquirida para resolver problemas. A criatividade não devia ser percepcionada como uma arte misteriosa apenas ao alcance das mentes mais brilhantes, mas uma ferramenta de pensamento que permite interligar ideias através de um processo aberto de racionalização.
Finalmente, Ken Robinson fala da necessidade de elevar os padrões escolares e introduzir toda uma nova abordagem para com o estímulo da criatividade, afirmando que os sistemas de ensino não precisam de ser reformados, mas antes de ser transformados. O nosso falhanço colectivo em promover capacidades criativas é uma tragédia para o futuro das nossas economias; uma realidade que todos devíamos ter presente como algo que simplesmente não podemos suportar.


PART ONE: Schools killing creativity? – Riz Kahn speaks with world renowned creativity and education expert Ken Robinson. Please expand this post to access the second part of the interview.

This isn’t just about the arts!
If you’ve got half a brain, chances are you already love Ken Robinson. I know I do. His presentation on TED is an outstanding starting point for reflection on the need for an educational system that promotes creativity and experimental innovation.
Former CNN news anchor Riz Kahn recently interviewed Robinson for Al Jazeera English, providing him a good chance to develop his ideas on the current state of education.


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Ken Robinson expresses his worries towards the educational system as it’s still based on an old idea of intelligence and an outdated concept of economic need and purpose. He dramatizes the reasons why school institutions have become strong contributors to the systematic suppression of individual talent. The overwhelming logics of standardization have given focus to the issues of curriculum and evaluation, putting the very process of teaching into a secondary level of importance.
There’s a good amount of misunderstanding towards his ideas on creativity, as something that refers specifically to the realm of Arts. Robinson emphasises the importance of creativity in all areas of human intelligence – creativity as a manifestation of intellectual complexity, an ability to make connections between learned references and individual experiences. Something that’s in fact not so much a talent but a learned ability to solve problems. Creativity should not be perceived as a mysterious art to be practiced only by the most gifted minds, but a thinking tool that allows for the connection of ideas through an open process of reasoning.



PART TWO: Schools killing creativity? – Riz Kahn interviews Ken Robinson for Al Jazeera English.

Ken Robinson speaks about the need to raise standards and introduce a whole new approach towards the assessment of creativity, stating that school systems don’t need to be reformed, they need to be transformed. Our collective failure to promote creative capacities is a tragedy for the future of our economies; something that we should all realize we just can’t afford.

Via Core77, Designverb.

1 comentário:

  1. Julgando pertencer ao "grupo de pessoas que faz uso de pelo menos metade do cérebro" e que, prafraseando Ken Robinson não "utiliza o corpo apenas como suporte para a cabeça" (achei a frase engraçadíssima :-) sugiro como complemento a este interessante texto, conferência e entrevista, a leitura de um outro autor que considero fundamental para a reflexão sobre as questões nosso tempo,do Humano, da Educação, da criatividade e da complexidade : Edgar Morin.Também ele com uma reflexão transversal e transferível às várias áreas do ser, do saber e do fazer. Aqui ficam alguns títulos: "Relier les connaissances: le défi du XXI siècle"; "une autre approche des processus d'explication et de comprehension";"Les sept savoirs nécessaires à l'Éducation du futur"; "Une autre vision de l'intelligence- l'intellience de la complexité" e, claro, "L'éthique".

    Contrariando embora as "Regras de comentários do blog" ;-) que desencorajam as felicitações, deixo-lhe os parabéns pelo excelente blog.

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